Você sabe o que é cardiopatia congênita? Esta é uma condição em que ocorre uma anormalidade da estrutura ou da função do coração desde o nascimento do bebê.
A doença acontece quando há uma alteração no desenvolvimento embrionário de uma estrutura cardíaca normal. O que acaba fazendo com que o fluxo sanguíneo seja alterado nesta região.
A ocorrência dessa falha pode acabar influenciando o desenvolvimento estrutural e funcional do restante do sistema circulatório da pessoa.
Dados colhidos pela Sociedade Brasileira de Cardiologia no Brasil informam que cerca de 28 mil crianças nascem com problemas cardíacos ao ano. Dessas crianças, 80% precisarão de cirurgia ao longo da vida.
Quer saber mais sobre este assunto? Então continue lendo este conteúdo.
O que é a cardiopatia congênita?
A cardiopatia congênita é uma anormalidade que acontece na estrutura ou na função do coração e que aparece nas primeiras 8 semanas de gestação, que é quando esse órgão é formado.
As alterações acabam causando algumas disfunções que acabam interferindo no desenvolvimento do feto e o seu desenvolvimento em geral ao longo de sua vida.
Os bebês que portam a cardiopatia acabam sendo pacientes muito delicados e que possuem uma certa complexidade ao serem tratados.
Acabam então, precisando de uma abordagem de intervenção especializada ao longo de seus primeiros meses de vida. Apenas em 10% dos casos, se torna possível enxergar um fator de risco.
Na maior parte das vezes a mãe não tem um histórico familiar desse problema e não faz uso de nenhum remédio.
O Ministério da Saúde faz uma estimativa de que 30 mil crianças atualmente no Brasil nascem com algum tipo de doença cardíaca e é preciso ter atenção ao diagnóstico precoce.
Como a cardiopatia congênita pode ser classificada?
Existem vários tipos de cardiopatias e para quem não conhece e quer saber mais sobre o assunto, vale a pena continuar lendo para saber quais são elas:
Cardiopatia congênita cianótica
É o tipo mais grave pois qualquer tipo de defeito que se tenha no coração pode afetar o fluxo e a oxigenação do sangue. Dependendo de quão grave seja, pode provocar sintomas como:
- Palidez;
- Pele de cor azulada;
- Falta de ar;
- Desmaios;
- Convulsões;
- Morte.
Então, dentre as principais, estão:
- Tetralogia de Fallot: impede o fluxo de sangue do coração para os pulmões;
- Anomalia de Ebstein: dificulta a passagem de sangue por conta de uma anomalia na valva tricúspide;
- Atresia pulmonar: causa ausência de comunicação entre o coração direito e pulmões.
Cardiopatia congênita acianótica
Dentre os tipos de cardiopatia congênita, essa é uma que nem sempre gera impulsos graves no funcionamento do coração.
Sendo assim, a gravidade e a intensidade dos sintomas acabam dependendo do quão defeituoso o coração é. As principais dentro desse grupo são:
- Comunicação Interatrial (CIA): Os átrios cardíacos acabam se comunicando de forma anormal;
- Comunicação interventricular (CIV): Há um defeito existente entre as paredes dos ventrículos, que faz com que a comunicação das câmaras não ocorram de forma muito adequada;
- Persistência do canal arterial (PCA): liga o ventrículo direito do coração à aorta para que haja uma oxigenação dentro da placenta. Quando persiste, faz com que a oxigenação se torne algo difícil no sangue do recém-nascido.
- Defeito no septo atrioventricular (DSVA): faz com que exista uma falha na comunicação entre o átrio e o ventrículo, fazendo com que a função cardíaca fique prejudicada.
Quais os sinais de que é preciso levar seu filho ao médico?
Sabe-se então um pouco sobre essa doença e como ela dificulta a vida do paciente. Mas como identificar que há algo de errado? Nem sempre há sinais claros que existe algo a ser investigado.
Então, fique atento se o seu bebê recém-nascido apresentar os seguintes sinais:
- Coloração roxa presente tanto na ponta dos dedos ou nos lábios;
- Muito suor;
- Ficar cansado entre uma mamada e outra;
- Palidez;
- Apatia;
- Peso baixo;
- Falta de apetite;
- Respiração rápida e curta;
- Irritação.
Em crianças um pouco mais velhas e adultos, é preciso então ficar atento em:
- Coração acelerado;
- Boca roxa após esforço;
- Infecções respiratórias;
- Muito cansaço em relação a outras pessoas;
- Não desenvolve e nem ganha peso.
Existe tratamento para cardiopatia congênita?
Uma coisa é certa, sempre que se descobre um problema, a primeira coisa que se corre atrás é sobre como fazer para conseguir o tratamento.
E com a cardiopatia congênita não é diferente. O tratamento clínico ocorre de acordo como o paciente se apresenta. Há casos em que o paciente não precisa de tratamento pois seu quadro tem chances de uma evolução de cura natural.
Por exemplo, é o caso de quadros do canal arterial persistentes nos bebês prematuros. Agora, os pacientes que possuem uma evolução mais grave de seus problemas, acabam tendo que recorrer a cirurgias.
Às vezes essa cirurgia acontece ainda quando o bebê está no hospital, em sua fase lactante ou quando já está maior. Fazer uso do cateterismo cardíaco terapêutico é também uma opção que pode ser usada para tratamentos paliativos e curativos.
Há também como tratar alguns casos com medicações. De fato, algo que reduz muito o risco de mortalidade é a detecção precoce da doença.
Quando o diagnóstico é feito ainda com o bebê no útero, as chances de mortalidade diminuírem são maiores. Por isso, aconselha-se que as mulheres façam exames de ecocardiograma fetal para poder checar a saúde do bebê.
O exame de ultrassom morfológico também ajuda bastante os médicos a verem se há ou não chances de um problema cardíaco ter acontecido.
Conclusão
Por fim, vimos aqui um pouco sobre a cardiopatia congênita, o que ela é, quais seus sintomas e formas de investigar sua aparição.
Queremos deixar claro aqui neste artigo o quão importante é que os pais fiquem atentos quanto a detecção da doença por meio dos exames.
Geralmente, eles acabam sendo realizados em geral no segundo trimestre de gestação, quando permitem checar a saúde da criança e sua formação.
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