O câncer de mama é uma das doenças que mais preocupa mulheres em todo o mundo. Embora seja uma condição grave, há diversas ações que podem ser adotadas para reduzir os riscos e aumentar as chances de detecção precoce. Por saber desta importância, neste texto iremos te mostrar o que é o câncer de mama, os fatores de risco, os métodos de prevenção e a importância dos exames de rotina.
O que é o câncer de mama?

O câncer de mama se desenvolve quando as células do tecido mamário crescem de maneira descontrolada. Ele pode se formar tanto nos dutos que produzem leite quanto nos tecidos que dão suporte ao seio. Embora a maioria dos casos ocorra em mulheres, homens também podem ser afetados pela doença, embora em uma escala muito menor.
Essa forma de câncer pode ser dividida em diferentes tipos, dependendo da região afetada e da agressividade das células cancerígenas. Conhecer os sintomas e os fatores de risco é fundamental para que a detecção seja feita o mais cedo possível, aumentando as chances de sucesso no tratamento.
Tipos de câncer de mama
Existem diversos tipos de câncer de mama, e os mais comuns são:
- Carcinoma ductal in situ (CDIS): é um tipo precoce, onde as células cancerosas estão confinadas aos dutos do seio e ainda não se espalharam.
- Carcinoma ductal invasivo (CDI): o tipo mais comum, onde as células cancerosas se espalham dos dutos para outros tecidos da mama.
- Carcinoma lobular invasivo (CLI): esse tipo afeta as glândulas que produzem leite e também pode se espalhar para outros tecidos.
Cada tipo tem suas particularidades, e o tratamento varia conforme o estágio e a agressividade da doença.
Fatores de risco
Embora o câncer de mama possa ocorrer em qualquer pessoa, existem fatores que aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença. Conhecer esses fatores pode ajudar na adoção de práticas preventivas e na vigilância constante.
Idade e histórico familiar
O risco de desenvolver câncer de mama aumenta com a idade. A maioria dos casos é diagnosticada em mulheres acima dos 50 anos. Além disso, se alguém na família já teve a doença, principalmente parentes de primeiro grau, como mãe ou irmã, o risco é ainda maior. Isso porque alguns tipos de câncer de mama têm ligação genética, como os causados por mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.
Fatores hormonais
O uso prolongado de hormônios, como a terapia de reposição hormonal, pode aumentar o risco. Mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos ou que chegaram à menopausa após os 55 também estão mais suscetíveis, já que essas condições prolongam a exposição ao estrogênio, hormônio que pode estimular o desenvolvimento do câncer.
Estilo de vida
Alguns hábitos podem contribuir para o aumento do risco de câncer de mama. O consumo excessivo de álcool, o sedentarismo e uma dieta rica em gorduras saturadas são fatores que podem ser modificados para reduzir as chances de desenvolver a doença. Manter um peso saudável e praticar exercícios regularmente são atitudes que podem fazer a diferença.
Fatores ambientais
A exposição a determinadas substâncias químicas também pode estar ligada ao desenvolvimento do câncer. Produtos presentes no ambiente de trabalho, como solventes e certos tipos de plásticos, podem ser prejudiciais. Além disso, a radiação, principalmente em tratamentos anteriores para outros tipos de câncer, aumenta o risco.
Como prevenir o câncer de mama?

Prevenir o câncer de mama envolve adotar hábitos saudáveis e fazer exames regularmente. Embora não seja possível evitar completamente o risco, é possível reduzir as chances e garantir que, caso a doença apareça, seja detectada precocemente.
Autoexame e exame clínico
O autoexame da mama é uma prática simples e importante. Ele deve ser realizado mensalmente, de preferência após o período menstrual, para que a mulher conheça melhor seu corpo e identifique qualquer alteração, como nódulos ou mudanças na textura da pele. No entanto, vale lembrar que o autoexame não substitui exames clínicos e de imagem.
O exame clínico das mamas deve ser feito por um médico anualmente. Durante essa consulta, o médico verifica a presença de nódulos e outras alterações que podem não ser percebidas no autoexame. Esse exame é fundamental, principalmente para mulheres acima de 40 anos.
Mamografia
A mamografia é o principal exame para a detecção precoce do câncer de mama. Ela é capaz de identificar lesões antes mesmo de serem palpáveis, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. No entanto, mulheres com histórico familiar da doença ou outros fatores de risco devem começar os exames mais cedo.
Alimentação saudável
A adoção de uma dieta equilibrada pode ter um papel importante na prevenção do câncer de mama. Uma alimentação rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis, como as encontradas no azeite de oliva e no abacate, pode ajudar a reduzir os riscos. Evitar o consumo excessivo de alimentos processados e ricos em açúcar também é uma medida preventiva eficaz.
Prática regular de exercícios
A atividade física regular tem um impacto positivo na saúde em geral e na prevenção do câncer de mama. Exercícios moderados, como caminhadas, ciclismo ou natação, ajudam a manter o peso ideal e a reduzir os níveis de estrogênio no corpo, o que diminui o risco da doença. O recomendado é que adultos pratiquem pelo menos 150 minutos de atividade física por semana.
Controle do peso
Manter o peso dentro de uma faixa saudável é fundamental para reduzir o risco de câncer de mama, especialmente após a menopausa. O excesso de gordura corporal pode aumentar os níveis de estrogênio e inflamação no corpo, favorecendo o desenvolvimento de células cancerosas. Por isso, uma combinação de alimentação balanceada e prática de atividades físicas é essencial.
Evitar o consumo excessivo de álcool
O consumo de álcool está associado a um risco maior de desenvolvimento de câncer de mama. Mesmo em pequenas quantidades, ele pode alterar os níveis hormonais e aumentar as chances de mutações genéticas. Reduzir ou evitar o consumo de bebidas alcoólicas é uma medida importante para a prevenção.
Importância dos exames de rotina

Os exames de rotina são cruciais para a detecção precoce do câncer de mama. A mamografia, como mencionado, é a principal ferramenta, mas existem outros exames complementares que podem ser solicitados pelo médico, como a ultrassonografia mamária e a ressonância magnética, especialmente em mulheres com mamas densas ou histórico familiar.
Detecção precoce e tratamento
A detecção precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento. Quando o câncer de mama é diagnosticado em estágios iniciais, a probabilidade de cura é muito maior. Além disso, o tratamento tende a ser menos agressivo, podendo envolver apenas a remoção do tumor sem a necessidade de quimioterapia ou radioterapia.
Exames genéticos
Mulheres com histórico familiar de câncer de mama ou de ovário podem se beneficiar de testes genéticos para identificar mutações nos genes BRCA1 e BRCA2. Se essas mutações forem detectadas, o médico pode sugerir medidas preventivas mais agressivas, como cirurgias profiláticas ou o uso de medicamentos preventivos.
O câncer de mama é uma doença que pode ser enfrentada com sucesso, principalmente quando detectada precocemente. Adotar hábitos saudáveis, se atentar aos fatores de risco e realizar os exames de rotina são as principais estratégias para se precaver.
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