Adiar uma cirurgia no joelho, especialmente quando já recomendada por um médico, pode ser um erro que trará consequências sérias a médio e longo prazo.
Embora muitas pessoas relutem em realizar o procedimento devido ao medo, à recuperação ou a compromissos pessoais, a demora pode levar ao agravamento da condição inicial, gerando complicações mais difíceis de tratar no futuro.
Neste artigo, vamos abordar os casos em que a cirurgia no joelho é necessária, os principais tipos de procedimentos realizados, os problemas que podem surgir ao postergar a cirurgia e, finalmente, como o Hospital Santa Júlia pode ser o local ideal para sua recuperação.
Quando a cirurgia no joelho é indicada?
O joelho é uma das articulações mais complexas e exigidas do corpo humano. Ele suporta o peso corporal e é essencial para a movimentação. No entanto, por estar constantemente sob pressão, está sujeito a uma variedade de lesões e doenças que podem exigir intervenção cirúrgica.
A cirurgia no joelho é geralmente indicada nos seguintes casos:
Lesões de ligamentos
As lesões de ligamentos são comuns em pessoas ativas, especialmente em esportes que exigem mudanças rápidas de direção ou impactos repetidos, como futebol, vôlei ou basquete.
O rompimento de ligamentos como o cruzado anterior (LCA) ou posterior (LCP) pode levar à instabilidade articular, comprometendo atividades diárias e aumentando o risco de lesões associadas, como danos nos meniscos e na cartilagem.
Rupturas de menisco
O menisco é uma estrutura de cartilagem que absorve os impactos no joelho e protege a articulação. Quando rompido, o paciente pode sentir dor intensa, inchaço e travamento da articulação.
Lesões do menisco podem ser causadas por traumas agudos ou desgaste gradual. Em casos mais graves, a cirurgia é necessária para reparar ou remover o tecido danificado.
Artrose e desgaste da cartilagem
A artrose e o desgaste da cartilagem são condições que comprometem o funcionamento do joelho e podem causar dor constante, limitação de movimentos e até deformidades.
Quando o tratamento conservador (como medicamentos, infiltrações e fisioterapia) não é suficiente, a cirurgia, como a artroplastia (substituição do joelho), pode ser a única solução eficaz.
Luxação da patela ou instabilidade
A instabilidade ou luxação da patela pode ser causada por fatores anatômicos ou lesões traumáticas.
Quando o problema se torna recorrente e não responde ao tratamento fisioterapêutico, a cirurgia pode ser necessária para corrigir o alinhamento da patela ou reforçar os ligamentos.
Deformidades ósseas
Pacientes com desalinhamento dos ossos, como genu varo (joelho arqueado) ou genu valgo (joelho para dentro), frequentemente enfrentam dores e sobrecarga em partes específicas da articulação.
A osteotomia é o procedimento indicado para corrigir esse alinhamento e melhorar a distribuição de peso no joelho.
Principais tipos de cirurgia no joelho
As cirurgias no joelho têm evoluído significativamente, permitindo maior precisão, menor invasividade e recuperações mais rápidas. Veja os principais procedimentos realizados:
Artroscopia
A artroscopia é uma técnica minimamente invasiva que utiliza uma câmera para observar o interior da articulação.
Além de diagnosticar lesões, o procedimento permite reparar danos como lesões de menisco, pequenos desgastes da cartilagem e lesões ligamentares. A recuperação tende a ser mais rápida e menos dolorosa do que em cirurgias abertas.
Reconstrução de ligamentos (LCA e LCP)
Lesões no ligamento cruzado anterior (LCA) e posterior (LCP) são tratadas utilizando enxertos de tendões para substituir o ligamento rompido.
Essas cirurgias são realizadas com o auxílio da artroscopia e devolvem estabilidade ao joelho, permitindo que o paciente volte às suas atividades normais, incluindo esportes.
Artroplastia (prótese de joelho)
Indicada para casos graves de artrose ou desgaste da cartilagem, a artroplastia consiste em substituir as partes danificadas do joelho por próteses metálicas e plásticas. A cirurgia alivia a dor e restaura a funcionalidade da articulação.
Osteotomia
A osteotomia é realizada para corrigir desalinhamentos ósseos, como genu varo ou genu valgo. O procedimento redistribui a carga sobre a articulação, retardando o desgaste em pacientes com artrose em estágio inicial.
Reparo de cartilagem
Lesões condrais podem ser tratadas com técnicas como microfraturas, mosaicoplastia ou uso de membranas condrogênicas. Essas intervenções visam regenerar ou substituir a cartilagem danificada.
Cirurgia para instabilidade da patela
Para corrigir a luxação recorrente da patela, podem ser realizadas reconstruções ligamentares ou osteotomias para realinhar a patela e estabilizar o joelho.
O que acontece se você adiar a cirurgia no joelho?
Adiar uma cirurgia no joelho pode parecer uma decisão conveniente no momento, mas pode trazer sérias consequências para a saúde da articulação e para o bem-estar do paciente.
Dor crônica e perda de mobilidade
Com o passar do tempo, a dor tende a se intensificar, enquanto a mobilidade do joelho diminui. Isso afeta a qualidade de vida do paciente, dificultando atividades simples, como caminhar, subir escadas ou dirigir.
Agravamento de lesões associadas
Lesões de ligamentos não tratadas podem levar a danos nos meniscos e na cartilagem, acelerando o processo de desgaste articular. Quanto maior o tempo de espera, maior o risco de complicações.
Desenvolvimento de osteoartrite
A falta de tratamento adequado pode acelerar o desgaste da cartilagem e favorecer o desenvolvimento de osteoartrite, uma condição degenerativa que compromete irreversivelmente a articulação.
Deformidades progressivas
Condições como genu varo, genu valgo ou luxação da patela podem se agravar com o tempo, tornando os tratamentos futuros mais complexos e menos eficazes.
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