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Pressão Alta (Hipertensão): A Doença Silenciosa e Como Controlá-la no Dia a Dia

Um monitor de pressão arterial digital e braçadeira azul escura em torno do braço de uma pessoa. O visor mostra uma pressão sistólica de 236, diastólica de 116 e pulso de 70.

Ela não costuma apresentar sintomas, não causa dor e, por isso mesmo, pode evoluir por anos sem ser notada. No entanto, por trás dessa fachada discreta, esconde-se uma das condições crônicas mais perigosas para a saúde global: a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), popularmente conhecida como pressão alta. Considerada uma “doença silenciosa”, a hipertensão é um dos principais fatores de risco para eventos cardiovasculares graves, como por exemplo, infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Em primeiro lugar, é fundamental compreender o que é a pressão alta, reconhecer sua natureza traiçoeira e, acima de tudo, saber como adotar medidas de controle no cotidiano. Dito isso, esses são passos fundamentais para garantir uma vida mais longa e saudável. Este artigo, baseado nas mais recentes diretrizes de saúde, serve como um guia completo sobre o tema.

 

O que é, Exatamente, a Hipertensão Arterial?

 

De forma simples, a hipertensão é a elevação persistente da pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias. Pense nas artérias como mangueiras que transportam o sangue do coração para o resto do corpo. Quando essa pressão está consistentemente alta, o coração precisa trabalhar mais para bombear o sangue, e as próprias artérias, consequentemente, sofrem um estresse contínuo.

A pressão arterial é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e expressa por dois números:

  • Pressão Sistólica (o número maior): Refere-se à pressão nas artérias quando o coração se contrai (bate).
  • Pressão Diastólica (o número menor): Refere-se à pressão nas artérias quando o coração relaxa entre os batimentos.

Em outras palavras, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, uma pessoa é considerada hipertensa quando sua pressão arterial se mantém, na maior parte do tempo, igual ou superior a por mmHg (ou por ). A condição ideal é que a pressão se mantenha em torno de por mmHg ( por ).

 

Por que a Hipertensão é Chamada de “Doença Silenciosa”?

Homem sênior em casa, sentado no sofá com uma expressão de desconforto ou dor no peito, medindo a pressão arterial com um monitor digital. Ele está ilustrando os possíveis sintomas ou complicações da hipertensão não controlada.

Este é o ponto mais crítico e perigoso da condição. A grande maioria das pessoas com pressão alta não sente absolutamente nada. Diferentemente de uma dor de cabeça ou uma febre, a hipertensão não emite alertas óbvios em seus estágios iniciais e moderados. A pessoa pode passar anos com a pressão elevada, sentindo-se perfeitamente bem, ao passo que seus vasos sanguíneos, coração, rins e cérebro estão sendo danificados silenciosamente.

Os sintomas, portanto, quando aparecem, geralmente indicam que a pressão está em níveis muito elevados ou que já existem complicações em órgãos-alvo. Estes sinais podem incluir:

  • Dores de cabeça, especialmente na nuca;
  • Tonturas ou zumbido no ouvido;
  • Visão embaçada ou pontos de luz;
  • Dificuldade para respirar e dor no peito.

A ausência de sintomas reforça uma verdade inquestionável: ou seja, não se pode esperar sentir algo para medir a pressão. O acompanhamento regular com um profissional de saúde é a única forma de diagnosticar a hipertensão precocemente.

 

Fatores de Risco: Quem Está Mais Vulnerável?

 

A hipertensão é uma doença multifatorial. De fato, cerca de dos casos são classificados como “hipertensão essencial” ou primária, que não possui uma causa única, mas sim uma combinação de fatores de risco.

Fatores Não Modificáveis (que não podemos mudar):

  • Genética: Ter pais ou parentes próximos hipertensos aumenta significativamente o risco.
  • Idade: O risco aumenta com o envelhecimento, sendo mais comum após os anos.
  • Etnia: Pessoas de ascendência africana têm maior predisposição à pressão alta.

Fatores Modificáveis (que podemos mudar com nosso estilo de vida):

  • Sobrepeso e Obesidade: O excesso de peso força o coração a trabalhar mais para bombear sangue para todo o corpo, logo, isso aumenta o esforço.
  • Sedentarismo: A falta de atividade física contribui para o ganho de peso e enfraquece o sistema cardiovascular.
  • Consumo Excessivo de Sal (Sódio): O sódio faz com que o corpo retenha líquidos, aumentando o volume de sangue e, por conseguinte, a pressão arterial.
  • Dieta Inadequada: Uma alimentação pobre em potássio (presente em frutas e vegetais) e rica em gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados eleva o risco.
  • Consumo de Álcool: A ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas é diretamente ligada à elevação da pressão.
  • Tabagismo: A nicotina causa um estreitamento temporário das artérias e acelera os batimentos cardíacos a cada cigarro. A longo prazo, danifica a parede dos vasos.
  • Estresse: Níveis crônicos de estresse podem contribuir para a elevação persistente da pressão arterial.

 

As Graves Consequências da Hipertensão Não Controlada

 

Ignorar a pressão alta é colocar a vida em risco. O estresse contínuo sobre o sistema circulatório acelera o processo de aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nas artérias) e pode levar a complicações devastadoras:

  • Acidente Vascular Cerebral (AVC): Principal complicação da hipertensão, podendo ser isquêmico (entupimento de uma artéria cerebral) ou hemorrágico (rompimento de um vaso).
  • Infarto Agudo do Miocárdio: A pressão alta sobrecarrega o coração e danifica as artérias coronárias.
  • Insuficiência Cardíaca: O coração fica tão sobrecarregado que suas paredes se tornam mais espessas e rígidas, perdendo a capacidade de bombear sangue eficientemente.
  • Doença Renal Crônica: Os rins, responsáveis por filtrar o sangue, têm seus pequenos vasos danificados, o que pode levar à necessidade de diálise.
  • Lesões nos Olhos: A hipertensão pode danificar os vasos sanguíneos da retina, causando perda de visão.

 

Como Controlar a Pressão Alta no Dia a Dia: Um Plano de Ação

 

A boa notícia é que a hipertensão é altamente controlável. O tratamento se baseia em dois pilares fundamentais: primeiramente, mudanças no estilo de vida e, em segundo lugar, quando necessário, o uso de medicamentos.

  • Redução Drástica do Sódio: A recomendação da OMS é de, no máximo, gramas de sal por dia (equivalente a uma colher de chá), o que corresponde a gramas de sódio. Fique atento: cerca de do sódio que consumimos vem de alimentos processados e ultraprocessados (embutidos, enlatados, temperos prontos, salgadinhos). Cozinhe mais em casa e use ervas, especiarias, alho e cebola para temperar.
  • Pratique Atividade Física Regular: O ideal é acumular pelo menos minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada por semana (ou seja, minutos, vezes por semana). Caminhada acelerada, ciclismo, natação e dança são excelentes opções.
  • Modere o Consumo de Álcool e Abandone o Cigarro: Limite o álcool e, se for fumante, procure ajuda para parar. Os benefícios para a pressão arterial e a saúde geral são imensos e quase imediatos.
  • Gerencie o Estresse: Encontre válvulas de escape saudáveis para a tensão do dia a dia, tais como meditação, ioga, hobbies ou passar tempo na natureza. A qualidade do sono também é fundamental.
  • Acompanhamento Médico e Adesão ao Tratamento: Meça sua pressão regularmente. Assim que o médico prescrever medicamentos, tome-os exatamente como orientado, todos os dias, mesmo que sua pressão se normalize. A hipertensão não tem cura, mas tem controle, e a medicação é uma ferramenta essencial para evitar as complicações graves. Sob hipótese alguma, interrompa o tratamento por conta própria.

 

O Cuidado que sua Saúde Merece está no Hospital Santa Júlia

Grupo de profissionais de saúde, incluindo médicos e médicas do Hospital Santa Júlia, todos vestindo jalecos brancos, sorrindo e posicionados em dois grupos, simbolizando a equipe clínica de excelência.

Controlar a hipertensão é um compromisso para toda a vida, e você não precisa fazer isso sozinho. Ter uma equipe de saúde qualificada ao seu lado faz toda a diferença para um tratamento bem-sucedido e personalizado.

No Hospital Santa Júlia, em Manaus, contamos com um corpo clínico de excelência, incluindo cardiologistas e clínicos gerais preparados para realizar um diagnóstico preciso, solicitar os exames necessários e criar um plano de cuidados completo para você. Nossa estrutura moderna está pronta para oferecer o suporte necessário em todas as etapas do seu tratamento.

Em suma, não espere por um sintoma que pode nunca chegar. A prevenção e o controle são os melhores caminhos. Agende sua consulta de rotina no Hospital Santa Júlia e dê ao seu coração e à sua saúde a atenção que eles merecem.